Se apaixonar é algo legítimo e ninguém absolutamente pode nos tirar esse direito. É visceral à condição humana se encantar pelo outro, se encontrar em estado de graça, cheio de expectativas fazendo planos pra um futuro próximo junto a quem se gosta. Seja por sentimentos nobres ou atributos físicos, sim, atributos físicos, há quem priorize isso e hoje eu não farei julgamentos sobre que tipo de sentimento ou forma de considerar são válidas, não me cabe o direito de julgar o sentimento/ atitude de ninguém.
Agora é fato que a condição humana faz de nós universo, e cacheados ou não (rs) somos todos uma imensa nebulosa incompreendida, somos gota em oceano. Todos os dias as pessoas transitam em nossas vidas levando apenas o mínino de nós e ainda assim freqüentemente cometemos um erro fatal: acreditar que conhecemos os outros, ser humano é ser circunstância, pertencer ao ocasional.
A convivência, a rotina, a intimidade faz sim com que a gente crie previsões sobre a atitude de quem nos cerca, mas a possibilidade de conhecer alguém como um todo talvez somente esteja atrelado à construção da frase: eu o conheço (a)!
Já que a condição humana é ser circunstância, um grande mosaico de cores e formas, por quê deveríamos então nos sentir constrangidos por um sentimento exposto? Sim, declarado e de passagem recusado? Aos olhos dos outros talvez a proporção do que sentimos pode ser pueril, é bem verdade, somos acometidos a tantos julgamentos prévios diariamente, não é mesmo? Cabe só a quem é dono de tal sentimento não assumir a posição de réu, pois o sentimento é legítimo e o julgamento não.

Eu poderia estar com um sentimento ruim, me irritar certos momentos com esta situação, mas passei por momentos piores e acredito que com tudo isso, eu deixaria intactas as mesmas palavras de uma sexta-feira num sofá vermelho, não retiraria nada, sequer uma vírgula e isso me enche absurdamente de dignidade. Quando que eu poderia encontrar dignidade numa situação tão adversa? Em outro momento isso seria impossível. Acredito que completei um ciclo na minha vida e mais uma vez analisando desta perspectiva me sinto vivo, forte e acima de tudo aprendiz.
Aquelas afirmações, exclamações, vírgulas e pontos ecoam agora aqui na minha mente, faria tudo de novo se preciso fosse, mas o calcanhar de Aquiles se localiza na incerteza, talvez na safadeza (ou não, rs) de domínios neurológicos nos quais os meus já não não compreendem.
Ah, e o “Yes, wekeend” ainda que com sua canalhice ou fraqueza natural dos humanos, me agraciou com uma imensa lição, verdadeira imersão em mim mesmo, quase um “turismo interior”, não é fatástico? Afinal que tese não surge de uma problemática? Que resposta não surge de uma provocação?
É bem verdade que a cereja do meu Martini Bianco azedou aquele dia, mas corajosamente tomei até o fim, e se questionarem qual a parte pior de tudo isso eu direi: me apaixonar por um humano!
Postado por Saulo Galtri
1 comentários:
gostei do texto !
tenho uma web novela com esse nome : Ops!Me apaixonei por um humano.
*-*'
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